segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Feeelizzzz Natalllll!
Após o Natal e as férias, merecidas, de ano novo, voltaremos com mais ânimo, mais textos e, quem sabe, com alguma coisa interessante. Se isso acontecerá, bem, somente o tempo para dizer.
Mas essa é a nossa expectativa!
Curta bastante o final de ano e, já sabem, se preparem, porque 2008 tem tudo pra ser um ótimo ano!
Trechos Espetaculares de Filmes Sensacionais - "Philadelphia"
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De uma estranheza inicial, entre um estranho e outro, até o reconhecimento de que o outro, por mais diferente que seja, ainda é um ser humano, com qualidades e defeitos, mostra-se um belíssimo filme, digno dos dois Oscar's que ganhou (em 1994, melhor ator principal, para Hanks, e melhor canção original, "Streets of Philadelphia", do Bruce Springsteen), bem como da admiração de vários cinéfilos.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Batman, "The Dark Night", Christian Bale e o ovo na boca
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
O Hino do Rock n' Roll
Daqui uns 500 anos, quando fizerem alguns documentários sobre épocas e suas feições, é quase certo que teremos um apenas sobre o Rock, o movimento musical que embalou grandes trilhas, revoluções, guerras, amores, desamores e tudo o mais. Ou, em palavras mais simples, a música que guiou muitos jovens.
E, creio eu, terão que colocar uma música para a abertura do documentário. Essa música, na minha opinião, só pode ser uma: "Stairway to Heaven", do Led Zeppelin.
Lembro, até hoje, quando aprendi a tocar esta música. Já a adorava, sabia a letra completa e tradução. Mas tocá-la (como todo aprendiz no violão) é indescritível. Acordes simples, mas com uma beleza ímpar.
E, para rever este momento mágico, apenas outro também sensacional. O reencontro dos componentes originais do Led Zeppelin, em 10 de dezembro de 2007, na cidade britânica de Londres.
Bom, os velhinhos ainda "botam pra rolar", né?
Afinal, este sempre foi o espírito do rock n' roll.
Ditadura e reflexos modernos. Mais um mandato?
Nem toda a culpa, pelas mazelas da america latina, podem ser dirigidas aos seus dirigentes. Não podemos esquecer do papel decisivo das grandes potências econômicas, desde o imperialismo colonizador, na manutenção das idiossincrasias regionais e da perpetuação das desigualdades sociais no bloco latino-americano.
Desde o descobrimento, com o maior extermínio, já visto na História, de um grupo social minoritário (no caso, as diversas populações indígenas), passamos por épocas de imposições, atenuadas por períodos de "liberdade". Mas, sempre, com um pé lá atrás, receosos de uma volta ao passado.
A ditadura das décadas de 70/80 foi, conforme apontado por vários especialistas de renome, um dos piores períodos da história moderna do Brasil. Com a força, de forma arbitrária, descontrolada e perversa, os militares e parte da elite brasileira mantiveram, com o suor e sangue de todo o resto da população, um estado de total submissão.
A partir de falsas idolatrias (tricampeonato mundial, milagre econômico), de desvios informativos gritantes (basta ver as origens das emissoras que dominavam a população, sob uma falsa aparência de normalidade em enlatados diários), de muita repressão e de mitigação das liberdades individuais, esse grupo de ditadores dominou, com rédeas curtas, qualquer manifestação de inteligência na época. E, para aqueles que pensavam, vale citar um lema emblemático na época: "Brasil, ame-o ou deixe-o".
Contudo, quanto maior é a repressão, mais gritantes vozes irão aparecer. O falso estado de segurança, propiciado por esse estado policialesco, uma hora teria que ruir. E, nesse ponto, mostramos que somos inquietos. E muito. Há, por incrível que pareça, aqueles que amam o Brasil, não o deixam, mas não se conformam com um estado arbitrário, animalesco e descontrolado, como se vê no seguinte documentário ("Lei n.º 5.536 - A censura da ditadura militar no Brasil") .
E, depois, ainda tem gente que acredita em um terceiro mandato ou, em hipóteses mais delirantes, em uma nova espécie de ditadura, tal qual ocorre na Venezuela, onde o povo é enganado constantemente, iludido por meros plebiscitos, quando não há escolha direta de nada.
No Brasil, felizmente, temos instituições fortes, como o Ministério Público, o Judiciário, as distantes -mas-existentes Sociedades Civis. Basta um incentivo, desde que genuíno, e vamos repudiar qualquer forma de exclusão de nossa liberdade mais pura.
A confiança de alguém, ou um povo, sempre pode se dar apenas unidirecionalmente. Que o diga essa racinha denominada "políticos". Não podemos cochilar, em questão de democracia, nunca. Por isso, tentativas de alongamento de mandato, de diminuição da participação popular, de quebramento de institutos imprescindíveis para a população mais pobre, devem ser repudiadas.
Nossas pretensões imperialistas, digo, as pretensões imperialistas brasileiras na América do Sul não podem suplantar, nunca, a nossa verdadeira feição, consagrada no art. 1º, III, da Constituição da República. Somos um Estado que prima, essencialmente, pela preservação da dignidade da pessoa humana de todos os brasileiros. E apenas em um governo da democracia, com respeito às diferenças, em que se atendam do mais rico ao mais miserável, isso pode ser concretizado.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
"Entrevistas Fandárdicas" - Nilo Batista
O que mais o impressionou nesses acontecimentos todos?
- O mais espantoso, não para mim, é o papel da imprensa, porque ela ciosamente mantém invisível, calada, toda opinião que possa dissentir desse senso comum - que ela estimula, alavanca, repercute, produz -no sentido de olhar aquilo unicamente a partir da visão infracional, que empobrece um fenômeno tão rico como esse e que aponta apenas para a intensificação das medidas que produziram aquilo. É como se nós tivéssemos um paciente sendo envenenado por arsênico e a resposta fosse mais arsênico.
Para se ter uma idéia, a Vera [Dr.ª Vera Malaguti], que é uma das mais destacadas professoras de criminologia do Rio de Janeiro e do país, deu uma entrevista para um jornal argentino e no dia seguinte nossa vida ficou um inferno, porque às 6:00 tocava o telefone e era a primeira das seis rádios argentinas que iriam repercutir esta entrevista.
Aqui no Brasil nada. Só tem voz quem estiver referendando as interpretações mais delirantes e, de uma forma geral, encaminhando tudo para onde os meios de comunicação, com seu fantástico poder, apontam.
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Na sua opinião, como isso pode ser explicado?
- Estamos com um processo de encarceramento, que é claramente vinculado à expansão deste capitalismo de barbárie. Só é explicado assim, porque ele começa com a expansão do modelo. Não é um fenômeno só da periferia, mas também dos países centrais, como o USA, que ainda outro dia, era apresentado pela Globo como padrão de segurança.
Tem gente presa em container, no Brasil, em Vitória, Espírito Santo.
- No estado de São Paulo, todo mês entram 700 condenados. Tinha que haver mais duas penitenciárias por mês. Além disso, querem prender usando a mesma mentalidade das prisões em ilhas marítimas do século XIX, que ainda estão no imaginário, como Alcatraz e Ilha Grande - que Brizola implodiu, e eu estava junto, ajudei a apertar o botão (quando me perguntam o que eu fiz como secretário de justiça, eu digo que foi pouca coisa, mas implodi uma prisão). A mesma mentalidade quer tirar a penitenciária do centro do Rio de Janeiro, na Frei Caneca, e jogar para a periferia, porque penitenciária é uma coisa suja.
E existe alguma solução?
- Tudo que eu vejo proposto está errado. Tem que ser exatamente o contrário. É preciso acabar com a idiotice - também um idiotismo jurídico - dos "crimes hediondos", que foi crescendo ao sabor de interesses privados, de dores que são respeitáveis enquanto pessoais, mas quando se transformam em políticas criminais é desastroso.
Metade das pessoas presas, hoje, poderia sair. É um absurdo que um garoto condenado por tráfico de drogas ou associação ao tráfico, que foi preso sem uma arma na mão, tenha que se submeter ao mesmo regime de alguém que estava armado ou cometeu crimes gravíssimos. Isso só é possível com esse fetiche que criaram do traficante, uma coisa "fantasmática", que leva a uma situação constrangedora. Quando a grande rede de controle ideológico e cultural do país mostrou aquela coisa do Falcão, meninos do tráfico, eles diziam o seguinte: "Esses são os meninos explorados pelos traficantes." Não! Aqueles são os traficantes. O que durar mais ali vai conquistar uma posição de destaque nos grupos que se dedicam ao comércio de varejo das drogas ilícitas.
O que o imperialismo tem a ver com isso?
- Junto com o modelo econômico que nos é imposto, vem também uma política criminal. Como essa política criminal não é ingênua perante o capital...
Lavagem de dinheiro é uma coisa importante para o capital especulativo financeiro transnacional, porque quando ele estiver quebrando um país em alguma parte, não vai aparecer na outra ponta um capital que ele desconhece. Em criminologia crítica o nosso interesse é sobre os crimes do dinheiro, em geral, porque dinheiro limpo...
Por sua vez, o imperialismo impõe a criminalização da pobreza, dos imigrantes, dos desempregados...
- A criminalização da imigração agora começa a ganhar contornos dramáticos, quando o Calígula do século XXI quer criminalizar o "ser" imigrante. Ponha Bush criminalizando os imigrantes e Hitler criminalizando os judeus. Qual é a diferença? Qualquer estudante de direito penal, que não seja excepcionalmente retardado, sabe que é proibido criminalizar o "ser", embora na sociedade de classes nós saibamos que é o "ser" que vai definir a seletividade do sistema penal.
Essa coisa da pirataria é a criminalização de uma estratégia de sobrevivência na pobreza. Uma pessoa que, no subúrbio, pega umas bolsas e imita uns motivos da Louis Vuitton. Parece que existe uma coisa entre a Polícia Federal e a família Louis Vuitton, porque é uma espécie de vanguarda da família. Isto é para expandir o capital monopolista. Endurecer com os devedores fiscais é ótimo para as grandes transnacionais, que não têm problemas para pagar seus impostos.
Para o capital brasileiro, para a burguesia nacional, o pessoal que deveria ser um parceiro na construção de um projeto nacional, e ainda pode ser, para eles é um desastre. Entre um grande fabricante internacional que se sustenta em vários mercados e um que está aqui disputando, quem é que vai dever ao fisco? É o brasileiro.
Finalmente, há o controle dos contingentes humanos que foram marginalizados pela destruição de parques industriais inteiros, pela abertura de fronteiras para as mercadorias, mas fechadas para os produtores diretos. Imigrante não pode, mas mercadoria que o imigrante fez pode. Há também o cancelamento dos programas assistenciais públicos, substituídos pela caridade cidadã neoliberal, pela esmola institucional.
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Como o monopólio dos meios de comunicação age nesta situação?
- A imprensa expõe os policiais e os funcionários do sistema penal, que ficam mais vulneráveis. A Globo estimulou completamente a dureza, "tem que matar e ir para o confronto", o que ocasiona uma chacina como a que houve em São Paulo. Agora eles dizem: "Execução não pode!"
Aos dias de irracionalidade dos presos, seguem-se dias de irracionalidade pública, porque a polícia está sendo lançada ao confronto. Só isso é permitido.
Por que não se pode negociar com as pessoas encarceradas nos presídios, como quer fazer crer o monopólio dos meios de comunicação?
- Essa discussão sobre negociação é ridícula. Por que não se negocia? Quando eu fui secretário de justiça, para entrar guaraná em Bangu I eu tive que despachar. O Desip não resolveu esse problema. Quando eu senti o "grande problema de consciência" que isso estava causando eu pedi o processo e despachei.
Por que preso não pode ver televisão? Eu vi o "bonequinho" da Globo dizendo "eles receberam um sonoro não" [quando pediram a instalação de televisores no presídio para assistir aos jogos da Copa do Mundo de futebol]. Ele estava satisfeito e orgulhoso. Os presos não vão ver a Copa do Mundo? O que é isso? Em que lei está isso?
O fascismo está entrando no Brasil pela questão criminal, não tenho dúvida disso. Nós temos que interromper este processo.
Temos que entender que é lícito os presos se organizarem como grupo social, hoje expressivo. Organizados, é preciso ter um diálogo, sim. Ouvi-los.
Em 1994, haviam 100 mil presos, hoje aproximadamente 370 mil e as previsões do Ministério da Justiça são de 500 mil em 2007. Esse número significa que temos o dobro disso sob algum sistema de vigilância [livramento condicional, prisão albergue, etc]. Essas pessoas não podem se organizar?
Ninguém é, por natureza, criminoso. As pessoas cometem um crime e são responsabilizadas por ele. Criminoso não é classe social nem classe natural, como num certo momento do século XIX se imaginou. Todo homem pode, eventualmente, praticar uma infração e ser responsabilizado por isso. No momento em que ele cumpre a sua pena está tudo certo, zerou.
A política é a do isolamento das lideranças, não é?
- Em qualquer lugar do país, quando aparece uma liderança, você negocia com ela. Basta o fato objetivo da liderança, de se ter um número considerável de pessoas que observam a sua opinião e que seguem os caminhos de reivindicação que você propõe, para imediatamente isso ter uma significação política. As lideranças prisionais são um fenômeno universal desde que se criaram as prisões no capitalismo. Em todos os estudos, descrições e relatórios de prisões (temos mais de duzentos anos disso) a liderança existe. Em algum momento vai se instituir o "xerife" da cela naturalmente. Por vários critérios, é um erro e um preconceito ridículo, achar que é a força que gera a liderança (preconceito próprio dessas oligarquias que animalizam as pessoas). Por que essas lideranças, ao invés de serem objeto de um diálogo, são punidas por serem lideranças?
Isso não tem lógica, a menos que se queira realizar, como política penitenciária, os preconceitos da clientela da Daslu.
Dentro do campo da legalidade demarcada há um conjunto enorme de decisões, encaminhamentos, é possível haver uma interlocução com as lideranças. Por que isso só pode ser imposto? Sociedade escravocrata! Só enxergam a coisa de cima para baixo, vertical. Levaram um susto.
A proposta é a única coisa que eles conhecem: o chicote. O chicote do feitor na charqueada, no engenho...
O que regula a comunicação nos presídios?
- Uma prisão que tem comunicação é invariavelmente muito mais calma do que uma cadeia de isolamento. Uma restrição absoluta à comunicação não está na lei de execução penal. Pode ser aplicada como sanção disciplinar, mas não como medida genérica. Antigamente, na penitenciária Lemos Brito, tinha um orelhão no pátio, que nunca quebrava. Para dois ou três que vão querer arquitetar um crime lá de dentro, tem trezentos que só vão ter notícias da família. Não seria mais inteligente liberar a comunicação e monitorar as ligações suspeitas? Isso me parece mais racional do que esse faz-de-conta, porque de alguma forma a comunicação vai ser conseguida.
Salvo se a opção for produzir doenças mentais através da "surda", é apenas uma crueldade o isolamento completo, isso está se transformando num Estado policial fascista. Preconceitos das oligarquias e seus porta-vozes, e também da burrice deles, porque eles mesmos serão os alvos.
É justo continuar aceitando a propaganda de que essa imensa massa de presos comuns não são elementos pertencentes à sociedade?
- A "esquerda" [refere-se à falsa esquerda] vai jogar a responsabilidade sobre esses compatriotas infelicitados, a partir da situação dramática em que o povo vive desde que as riquezas nacionais começaram a ser vendidas? Não vamos conversar com centenas de milhares de brasileiros, que legitimamente podem se organizar a partir de uma situação dramática, que é essencialmente política?
Enquanto esses ignorantes que opinam, que relatam e que fazem a crônica diária estiverem aí, só vai piorar.
Para os monopólios de comunicação, os presos nunca têm razão. Todo levante é chefiado pelo tráfico e mais nada. Enquanto isso, todo os dias têm levantes. Os presos não são ouvidos,embora façam sinais desesperados.
- É completamente lamentável que todas as pessoas tenham sido mortas, mas houve uma explosão. Ninguém fala dos abusos e crueldades que acontecem nas prisões brasileiras. Não estou justificando um conjunto de depredações, de homicídios, mas estou tentando compreender para que, a partir disso, se possa fazer efetivamente alguma coisa que signifique ir para outra direção. Na linha do confronto, da guerra, que eles tanto apreciam na sua insensibilidade e ignorância, esse episódio é uma coisa que pode voltar a acontecer.
A tendência é haver, além do aproveitamento eleitoral dos episódios, um endurecimento maior da repressão à população?
- Na minha opinião houve alguns dias de cólera, que já foram aproveitados, reciclados para intensificar o discurso e agravar as condições que produziram a hecatombe.
Se voltarem essas leis duras, o que acontecer é responsabilidade direta desses parlamentares, que não procuraram se informar junto à comunidade acadêmica como um todo, não apenas os que sempre aparecem. A opinião da criminologia crítica, que é importante na Argentina, por exemplo, aqui não é.
Historicamente o discurso do medo é sempre usado para a imposição de práticas de controle autoritárias.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Ofício n.º 243/2007-SF - "Get tha way fuck'off here, man!"
CCJ aprova uso obrigatório de português por órgão público
Muitos dizem q a sanha legislativa é imensa. Que, na vontade de tudo regular, o legislativo, vez por outra, tenta alterar a própria realidade, coisas que não poderiam ser alteradas, como as leis da física, por exemplo (quem não se lembra do Município que vetou o princípio da gravitação universal??).
Depois do Governador do DF ter demitido o gerundismo, agora vai ser a vez do estrangeirismo perder seu posto em documentos oficiais.
Penso que, agora, não mais poderemos ver expressões como "Fuck off", "rave", "got high" e outras semelhantes em documentos governamentais... se bem que, acho que nunca vi nada disso neles...
Talvez, o que finalmente se acabe, é a tal da nuances, já que o correto é nuanças, ou, quem sabe, com a história de "feed back", "insight", ou "stratégie" (do Cap. Nascimento) e outras expressões da Era de Aquário.
O único problema é que o termo "corrupção" não poderá ser extirpado, já que é uma palavra bem nacional.
Fonte: Migalhas
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Têm vezes nas quais é melhor ficar calado...
"Na realidade, Deus não expulsou Adão do paraíso por ter cometido o pecado original.
Adão pretendia uma revolução no paraíso, tomando o poder de Deus.
Ele, de fato, fez concurso para Juiz Substituto"
Duas das qualidades que eu mais aprecio, nos seres humanos, são a humildade e a persistência.
Sobre a persistência, acho ela imprescindível para todos. Cansei de ver marmanjos, com todas as possibilidades de ter uma vida boa, quedarem-se inertes frente problemas pífios, enquanto já tive oportunidades de me emocionar ao ver pessoas com graves dificuldades, de todas as espécies, conseguirem um lugar ao sol, de modo digno.
A humildade, por outro lado, revela a beleza da alma da pessoa.
Não digo aquela falsa humildade, buscando um lugar no céu ou, ao menos, um melhor local de emprego. Antes disso.
Digo a humildade daqueles que têm do que se gabar, que são qualificados, que possuem um quê a mais, e que, ao contrário de se venerarem, beijando a si próprios em detrimento dos demais, são ativos, vão utilizar os seus dons para transformar o mundo em algo melhor.
Isso vale em qualquer ponto, desde os que são empregados de empresa de mineração, de dia, e nos finais de semana auxiliam pessoas carentes, até os figurões que mantém, por filantropia e não apenas pelos benefícios previdenciários e tributários, entidades assistenciais.
Porém, uma coisa me deixa indignado. É o fato de haver pessoas que se julgam melhores que outras. Sinceramente, quanta prepotência. Todos temos a mesma composição física débil, que se rompe com o menor impacto, todos temos limitações mentais e sociais enormes, e mesmo assim há aqueles que, por obterem (ou usurparem, digo, serem premiados com) um cargo público, se acham superiores aos demais.
Semanas atrás, fiquei sabendo de uma sentença, na qual uma Juíza, de nome Adriana Sette da Rocha, que labora na Vara da Justiça do Trabalho de Santa Rita (PB), fez declarações estapafúrdias sobre o quão iluminado e soberbo é o trabalho do magistrado, que está acima dos demais. Ela chegou a escrever (e está salvo no Diário Oficial, por incrível que pareça - clique aqui para ler) o seguinte:
"(...) No vigente diploma processual civil, temos normas que atribui ao juiz amplo papel na condução e decisão, dispondo poder o julgador dirigir 'o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas', 'dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica' (art. 852-D) e adotar 'em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem comum' (art. 852-I, §1º). Talvez o ponto mais delicado do tema esteja na avaliação da prova, o que envolve os princípios da unidade e persuasão racional e sua relação com o princípio protetivo. O princípio da unidade diz que, embora produzida através de diversos meios, a prova deve ser analisada como um todo e o princípio da persuasão racional relaciona se com a liberdade de convicção do Juiz, mas obriga-o a fundamentar a sua decisão.
A liberdade de decisão e a consciência interior situam o juiz dentro do mundo, em um lugar especial que o converte em um ser absoluto e incomparavelmente superior a qualquer outro ser material. A autonomia de que goza, quanto à formação de seu pensamento e de suas decisões, lhe confere, ademais, uma dignidade especialíssima. Ele é alguém em frente aos demais e em frente à natureza; é, portanto, um sujeito capaz, por si mesmo, de perceber, julgar e resolver acerca de si em relação com tudo o que o rodeia.
Pode chegar à autoformação de sua própria vida e, de modo apreciável, pode influir, por sua conduta, nos acontecimentos que lhe são exteriores. Nenhuma coerção de fora pode alcançar sua interioridade com bastante força para violar esse reduto íntimo e inviolável que reside dentro dele." (excerto retirado do julgado no processo
n.º 01718.2007.027.13.00-6, Vara do Trabalho de Santa Rita-PB, Tribunal Regional
do Trabalho da 13º Região).
Sem meias palavras, que pérola.
A nobre senhora estuda alguns anos de sua vida e se acha melhor que um trabalhador rural, que durante anos cultivou e criou gado, para abastecer uma pequena cidade. Ou que um gari, que tem a nobre missão de deixar nossa cidade limpa. Ou, ainda, que eu e você, que pagamos impostos para que ela tenha o seu subsídio na casa dos R$ 20.000,00.
Na filosofia, é bastante discutida a existência do Absoluto, ou seja, Deus, até porque é de difícil compreensão, para alguns filósofos, a existência de uma entidade perfeita, onipresente, onisciente. A douta magistrada, ao revés, admitiu a existência de Deus e, contrariando todas as teses razoáveis da sociologia, se intitulou como um ser de sapiência única, que pode, em outras palavras, "dar vida a algo" por si só. Que prepotência.
É uma pena que tais opiniões, de forte caráter pessoal, tenham extravasado para os autos de uma sentença, e tenham que ser lidas por, na certa, um pobre trabalhador, pleiteando seus 13º, aviso prévio e que está preocupado com uma justa resolução do processo, pouco se lixando para a grandiosidade da função do magistrado. Não há de ser questionada a sentença, na parte jurídica. Mas a partir do ponto em que parte para convicções pessoais, ela merece todo o repúdio.
Veja que frases de efeitos, como ditas pela Juíza, já estavam em grandes lideres mundiais, como Hitler, Mussolini, Mao Tse Tung, todos com nítido caráter ditatorial, que imprimiam um culto, forçado, a suas imagens e uma suposta superioridade de alguns sobre outros. Sob a falsa aparência de "senhor das leis", a Juíza do Trabalho esqueceu que ela, assim como vários brasileiros, é uma servidora pública e, como tal, deve seu sucesso, apenas, ao bem atendimento ao público.
A imparcialidade no julgamento, essencial para os magistrados, não significa que eles estão acima dos outros homens. Mas, sim, que por possuírem um bom conhecimento jurídico, eles possuem melhor condição de oferecer justiça aos que dela necessitarem.
Após a repercussão de suas palavras, a Juíza retratou-se e pediu desculpas por eventuais ofensas.
"AOS MEUS COLEGAS, AMIGOS E AO PÚBLICO EM GERAL
A propósito de matérias sobre mim publicadas na semana em curso, em vários órgãos da imprensa nacional: confesso que fui infeliz nos exórdios de algumas sentenças proferidas na Vara da Justiça do Trabalho de Santa Rita-PB, da qual sou titular. Neles, repeti conceitos errôneos, despropositados sobre a natureza da magistratura, de que desejo aqui me retratar.
A missão entregue ao juiz é, de fato, sublime. Tanto que o próprio Mestre aconselhou: "não julgueis", como se quisesse advertir que do julgar ninguém seria digno o bastante. No entanto, os homens precisam de Justiça e pedem por Justiça. E assim, a tarefa sublime acaba em mãos humanas, como as minhas, as dos meus pares. E homens, quando julgam homens, não estão livres das limitações de saber e de entendimento, dos defeitos de linguagem e dos vícios de sentimento inerentes à condição humana.
Daí o risco sempre iminente do erro. Este é o drama do julgador (e o presente episódio constitui dentro dele um capítulo pessoal particularmente doloroso). E isso, o que eu decerto teria escrito, num momento de maior felicidade. De coração, peço
desculpas àqueles a quem eu ofendi com minhas palavras. Conforta-me apenas o
fato de que, em nenhuma das matérias do meu conhecimento, tenha sido questionada a lisura das sentenças que dei.Santa Rita-PB, 22 de novembro de 2007.
Adriana Sette da Rocha Raposo"
Fica difícil, após a longa exposição dos dizeres de exaltação da Juíza, saber se as desculpas são, de fato, sinceras. Isso, aliás, apenas a magistrada sentirá, em seu íntimo. Se, de fato, ela possui a humildade que aparece nessa nova mensagem, é uma coisa sem respostas.
Contudo, fica o alerta, esse sim grave, de que a população tomou tais palavras como normais, admitindo que há pessoas, ocupantes de cargos públicos de renome, que possuem essa concepção das coisas. Isso, sim, é preocupante.
No atual estado de nossa política e dos conflitos envolvendo membros do Poder Judiciário, Ministério Público, e até da Polícia, a solução parece descrer, cada vez mais, da hombridade de algumas castas de poder e, em virtude disse, um sentimento geral de indignação e impotência tomam conta. Os ânimos estão exaltados e cada vez mais vozes se juntam à população.
À primeira vista, parece não ser nada demais. Até porque o brasileiro é um povo tranquilo, contrário a guerras e acomodado. Contudo, nem todo dique de contenção suporta todo o volume de um rio por muitos anos, incólume. Frise-se que, apesar de contido, o brasileiro é, acima de tudo, um persistente, que enfrenta as várias angustiantes dificuldades diárias com um sorriso no rosto.
E, por muito menos do que acontece no Brasil atualmente, várias revoluções brotaram por aí.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Bush canta U2
Vi no: Charges
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Novo trailler do Lost - 4ª Temporada
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Qual é a músicaaaaa??? - Kiss from a rose (Seal)
Seja forró, rock, punk, prog-metal, Raul Seixas, axé, e por ai vai.
Eu gosto muito de música, sonoridade é minha alma. E, para compartilhar um pouco disso com vocês, estou colocando mais esse quadro fixo no blog.
A partir de agora, tentarei colocar umas músicas que eu adoro. Algumas bem conhecidas, outras nem tanto. E, ora colocarei a tradução, ora as cifras. A tradução e as cifras serão previamente testadas, para assegurar a qualidade.
Então, chega de papos! A primeira música é "Kiss from a rose", do Seal. Para os que se lembram, ela foi o tema do filme "Batman Forever". Mas, ao contrário do filme, a música não possui defeitos!
Vejam e ouçam a música, leiam as legendas e entenda a letra!
There used to be a greying tower alone on the sea.
Costumava existir uma torre cinza sozinha no mar.
You became the light on the dark side of me.
Você se tornou a luz no meu lado escuro.
Love remained a drug that's the high and not the pill.
O amor me lembrou uma droga, me eleva o bastante para curar
But did you know, That when it snows, My eyes become large and
Mas você sabia, que quando neva, os meus olhos se tornam maiores,
and the light that you shine can be seen.
e a luz q vc emite pode ser vista...
Refrão
Baby, I compare you to a kiss from a rose on the grave.
Querida, Eu comparo você ao beijo de uma rosa na sepultura
Ooh, The more I get of you, Stranger it feels, yeah.
Quanto mais eu tenho você...Mais estranho parece
And now that your rose is in bloom.
E agora que a sua rosa desabrochou
A light hits the gloom on the grave.
A luz acerta a escuridão na sepultura
Fim do Refrão
There is so much a man can tell you, So much he can say.
Existe tanta coisa que um homem pode dizer a você, tanto que ele pode dizer
You remain, My power, my pleasure, my pain
Você me lembra, meu poder, meu prazer, minha dor...
Baby, To me you're like a growing addiction that I can't deny.
Querida!!! Para mim você é como um velho vício que eu não posso negar...
Won't you tell me is that healthy, baby?
Você não me dirá se isso eh saudavel, querida?
But did you know, That when it snows, My eyes become large
Mas você sabia, que quando neva os meus olhos se tornam maiores,
and the light that you shine can be seen.
e a luz que voce emite pode ser vista...
Refrão
I've been kissed by a rose on the grave,
Eu tenho sido beijado por uma rosa sobre a
sepultura.
I've been kissed by a rose
Eu tenho sido beijado por uma
rosa
I've been kissed by a rose on the grave,
Eu tenho sido beijado por uma rosa (na sepultura).
...And if I should fall along the way
..(Eu deveria cair, deixar tudo isso ir embora)
I've been kissed by a rose on the grave...
Tenho sido beijado por uma rosa na sepultura.
There is so much a man can tell you, So much he can say.
Existe tanta coisa que um homem pode dizer a você, tanto que ele pode dizer
You remain my power, my pleasure, my pain.
Você me lembra, Meu poder, meu prazer, minha dor.
To me you're like a growing addiction that I can't deny, yeah
Para mim você é como um velho vício que eu não posso negar...
Won't you tell me is that healthy, baby.
Você não me dirá se isso é saudavel, querida?
But did you know, That when it snows, My eyes become large
Mas você sabia, que quando neva, Meus olhos se tornam maiores e,
and the light that you shine can be seen.
e a luz que voce emite pode ser vista...
Refrão
Em tempos de esteróides anabolizantes...
Não entendeu? Clique aqui.
Vi no Estudando o Direito
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Relacionamentos
Dizem que as mulheres reclamam muito. E dizem que os homens conseguem se safar bem de várias situações, sempre com a malandragem e jogos de artimanhas.
Exceptuando os lugares comuns, o video abaixo, propaganda de uma empresa de telecomunicação, mostra uma inusitada situação. O desfecho, porém, pode ser muito familiar pra muita gente...
Tosqueiras na Estrada
Eu, meu brother Japa-boy e sua namorada.
Gol 1.0 tunado. Tunado com um rádio toca-fitas e um adesivo do lado de fora.
Após um casamento irado de uma prima minha, muita birita, muita ressaca e depois de passar um pouco mal no dia anterior.
Na nossa frente, um caminhoneiro com uma veia artística. Pra falar a verdade, não era apenas uma veia. Devia ser a "aorta artística" dele, expressando, com todas as letras, seus sentimentos.
Não pudemos perder a oportunidade de eternizar o momento.
E agora, vamos à dicção do, diga-se de passagem, "belíssimo" poema:
"Nen as flôres tem a mesma sórte, umas infeita a vida outra infeita a morte".
Alguém quer tentar corrigir?
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Mudanças e atitudes
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Questão de Gosto
Cirurgia para aumentar os olhos vira mania entre as chinesas
domingo, 2 de dezembro de 2007
Variantes da Criminalidade e o Brasileirão
Mas nem por isso todas as pessoas em São Paulo estão atemorizadas, já que ainda há motivos pra pessoas alegres continuarem alegres...
É, e assim continua a vida no país do futebol...
sábado, 1 de dezembro de 2007
Fluminense e Barcelona - o Jogo do Século
Esse vídeo é fantástico.
Nada contra os torcedores fluminenses (mais conhecidos como pó-de-arroz).
Mas que é bom gozar deles, há, isso é! E justmente isso que esse vídeo faz. Piadas sensacionais ("Laranjeiras... estádio do Fluminense, estádio de machão"), conjugada com o imagens do Winning Eleven, são uma boa pedida.
Veja e ria.