quarta-feira, 30 de abril de 2008

Aos mestres, todos os aplausos...

"Ficaram lá, jogando dominó"




Todos nós, é quase certo falar assim, tivemos grandes professores em nossa vida estudantil.

Mestres que, ao lado de passar conhecimento, nos ofereciam uma visão crítica do mundo, para que pudessemos, por nós mesmos, formular questionamentos, nunca aceitando visões únicas e certas para os eventos cotidianos...

Pois bem, o vídeo seguinte é sobre a participação do Brasil na 1ª Guerra Mundial... ou quase isso. Vejam como uma boa aula nos dá uma vontade (embora bemmmmm passageira) de voltarmos para o segundo grau...





E o pior disso tudo?

É que, sim, está nos livros. E também na rede mundial de computadores, nossa tão conhecida internet.

Segundo o Wikipedia, a Batalha das Toninhas "foi um evento ocorrido durante a primeira guerra mundial, onde navios brasileiros confundiram um cardume de toninhas, com o rastro do periscópio de um submarino alemão, resultando na morte das toninhas."

E quem quiser já ver algumas passagens, pode procurar na própria internet, no seguinte link: Grandes Guerras




Fonte: Banda Podre

Segredo da sabedoria...



E eis que no Tibet um jovem aprendiz, não compreendendo as dificuldades da vida e de seu próprio ser, volta-se para o seu tutor:
- Mestre, como faço para me tornar um sábio?
Em sua paciência e ternura eternas, o mestre respondeu:
- Boas escolhas.
Ainda confuso, retorquiu o jovem:
- Mas como fazer boas escolhas?


Mais paciente ainda, respondeu o Mestre:

- Experiência.

E, ainda mais angustiado, veio o jovem aprendiz:

- E como adquirir experiência, Mestre?

- Más escolhas - concluiu o Mestre.






terça-feira, 29 de abril de 2008

Stand Up, Get Upa - O afrodescendente

"Rio-afrodescendente e Solimões"



O stand up comedy é um estilo de comédia bem particular. A depender de quem fale e sobre o que fale, ou você morrerá de rir, ou se encherá de um tédio mortal, inesgotável.
Por isso, é uma piada tão legal!

Nesta oportunidade, no Stand Up, Get Upa, veremos algumas considerações sobre sistema de cotas, afrodescendentes e afins...




É, se não tomarmos cuidados com essa questão de racismo e tratamento igualitário, a coisa vai ficar afrodescendente...

Falta do que fazer...

E, após o almoço, estou eu ouvindo várias músicas de Victor e Leo. Até porque um sertanejo, pra quem morou um bom tempo em Uberaba, sempre é bem vindo, especialmente após um belo prato de comida mineira.

Pois bem. Após repassar as músicas mais conhecidas, no yahoo, pensei em desbravar. Ou seja, encarar uma música desconhecida e nova - duas condições perigosas, quando se trata de música nacional, pois os efeitos danosos podem ser terríveis.

Eis que leio a seguinte pérola:

"Um dia seus pés vai me levar,
onde as minhas mãos não podem chegar".


Atônito, li novamente a frase.

"Um dia seus pés vai me levar,
onde as minhas mãos não podem chegar".


Pois eh. Parece mentira, mas não é. O nome da música é "Tem que ser você". Tá até aqui o link do video no Youtube, em que está escrita essa aberração! Este "legendador" é um fanfarrão...

Então, meus caros, vamos voltar ao Português. Quem inventa de legendar, tem que saber, ao menos, escrever...



Segundo o professor Pasquale, na concordâncial nominal, há relações a serem seguidas entre substantivo, adjetivo, artigo e pronome ou particípio.

"O princípio básico é claro: as palavras que modificam o substantivo - adjetivos, pronomes, numerais, artigos - devem concordar em número e gênero com esse substantivo.

Seus pés estão gelados!"

(Fonte: FolhaOnline)





Vejam como aqui os pés estão, não os pés vai me levar. Aliás, os pés vai me levar apenas se eu for o Seu Creysson...

Os pés vão me levar. Vão. E, se tudo der certo, vão levar pra algumas aulas de português, pois tá precisando...




No video original [clique aqui], percebemos que a concordância está perfeita, ou seja, "um dia seus pés vão me levar". Tudo por causa de uma legenda mal feita...

Se com legendas e músicas, já tem gente que se embanana, imagina em traduções de outras línguas... E tem gente que ainda gosta de filme dublado...

Combate à dengue







Vi no Kibe loco. A fonte, sabe-se lá.

A modernidade facilitando as relações humanas...


Ria mais no Ryot Iras

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Em terra de cego...

O governo presidencial atual, há algum tempo, busca aumentar, de maneira bastante rigorosa, as penas e multas previstas no Código de Trânsito Nacional.

Essa alteração, entretanto, depende de o projeto de lei passar pelo crivo do Poder Legislativo, que é o órgão competente para a feitura de leis. E, como se sabe, a coisa lá demora um pouco, culpa, em parte, dos mecanismos legais lentos, em outra parte, dos próprios congressistas e, muita parte, do próprio governo, que enche a pauta do legislativo com medidas provisórias, que se não foram votadas, trancam a pauta, ou seja, impedem que qualquer outra matéria seja votada.

Insatisfeito com essa mora, o governo novamente usa mão das malsinadas MP's, em um assunto que, para ele, teria urgência e relevência previstas na Constituição. Vejamos:

Motorista pego com álcool no sangue pagará multa alta e pode até ser preso,
segundo Tarso Genro24/04/2008 - 16:40:59
Motoristas agora não podem beber mais nada nas estradas federais, é o que afirmou hoje o ministro Tarso Genro. Segundo ele, qualquer grau de álcool encontrado no sangue vai ter uma penalidade para o motoristas embriagado.O ministro prevê multas para motoristas com 0,1 ou 0,2 decilítros de álcool no sangue, pois já é uma infração grave, com multas que variam de R$ 900 a R$ 1,5 mil. A partir de 0,6 decilítros de álcool no sangue já será considerado crime e a pessoa poderá ser detida. A declaração feita hoje reitera a responsabilidade do governo sobre a liberação da venda de bebidas alcóolicas nas estradas localizadas em perímetro urbano. A medida provisória aprovada ontem na câmara ainda vai passar pelo senado.

Fonte: http://www.clicabrasilia.com.br/portal/noticia.php?IdNoticia=55015


Parece que o nosso caro Ministro, bem como o Presidente, estão com uma assessoria jurídica bem fraca. Ninguém explicou que, em face do princípio da legalidade estrita, não pode haver medida provisória versando sobre direito penal?

Aliás, isso está explícito na própria Constituição Federal, que afirma que não pode ter qualquer MP versando sobre direito penal, processual penal ou eleitoral.

Ao contrário, parece apenas um ato para aparecer na mídia e, mais uma vez, colocar as prováveis mortes, pela não aplicação da MP, ou no legislativo moroso ou no Judiciário intromissão. O executivo não pode, com meios tão criticáveis, incitar negativamente a opinião pública leiga contra os órgãos constitucionais... não estamos, ainda, em uma ditadura de pseudo-esquerda.

Chega a doer coisas assim.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Rei-ligião salva... no disco rígido, pen-drive e cd-rom!

Rei-ligião



[clique na imagem para vê-la em maior tamanho]

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"Entrevistas Fandárdicas" - Eugenio Raúl Zaffaroni

Zaffaroni



O Direito Penal sempre teve grandes expoentes na Europa. Aliás, nada mais esperado, visto que ali floresceu o direito, a codificação, bem como os primeiros ordenamentos jurídicos penais mais avançados.

Durante muito tempo, poucos doutrinadores distantes desse continente conseguiram expor com exatidão o Direito Penal. Porém, os pouco que assim fizeram, atuaram, em essência, reaplicando os ditames europeus a outras nações - o que, por certo, não possui a menor viabilidade.

Neste ponto, surge Eugenio Raúl Zaffaroni. Foi um precessor, dentre os grandes estudiosos da criminologia, a vislumbrar as complexas e únicas relações existentes na América Latina, para, assim, afastar o Direito Penal elitizado europeu, em favor de um direito penal latino. Suas obras, após 1988, expressam essa idéia, principalmente no fato de conceber um direito penal de defesa contra a autoridade, para que não ocorram, como ele gosta de frisar em suas obras, uma violência institucional pelo Estado.

O Direito Penal, em sua visão, é apenas um caminho, nunca fim em si mesmo. E é um caminho que, se não for traçado com cuidado, inverte a lógica do sistema, já que dá função primordial a algo que deveria ser excepcional.

Citamos, exemplificadamente, que Zaffaroni concebeu, em sua dogmática "funcional-redutora", a tipicidade conglobante (que incluía, dentro do juízo de tipicidade do crime, autorizações ou mandamentos normativos/estatais, como estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito), a culpabilidade por vulneração (que incluia caracteres da criminologia crítica na adequação penal típica).

Atualmente, ele é ministro da Suprema Corte da Argentina (neste ponto, merecem aplausos os argentinos), professor titular de Direito Penal e Criminologia da Universidade de Buenos Aires, doutor honoris causa da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ) e Vice-Presidente da Associacao Internacional de Direito Penal. Possui no Brasil varios livros publicados, dos quais recomendo - Direito Penal brasileiro (otimo livro, denso, que esta apenas em seu primeiro volume), Manual de Direito Penal brasileiro (manual basico de direito penal, escrito conjuntamente com Pierangeli) e Em busca das penas perdidas (essencial para aqueles que estudam a criminologia critica).

A entrevista a seguir foi realizada por Wellington Carlos e publicada no Diario da Manha, na editoria de Cidades, em 20.05.2007.


Qual será o futuro do Direito Penal?


A legislação vai agravar mais, vamos fazer mais besteiras, vamos agredir mais a racionalidade e o ser humano. Talvez o povo vai descobrir que os políticos estão vendendo ilusões. Esse direito vai delimitar mais nossas liberdades. É isso que tentam fazer com o pretexto de dar mais segurança.


Mas filmar ruas não diminui a violência?


Alguém pesquisou violência a sério? Temos estatísticas? Temos diagnósticos? Em um hospital vamos curar tudo com penicilina?



É certo diminuir a maioridade penal?


É uma medida demagógica e vazia de conteúdo. O efeito real será jogar adolescente na cadeia. A primeira coisa que acontece lá é esse adolescente ser estuprado. Isso gera transtorno de personalidade. Fabrica ódio e condiciona condutas posteriores psicopáticas. Portanto, é fabricar assassino.


Mas na Argentina esse limite é de 16 anos, correto?


Tem responsabilidade penal, mas somente em crimes graves.



E esse modelo não poderia ser aplicado no Brasil?


Tem uma pena menor na Argentina, segundo a escala da tentativa: um terço aumentado a menos. Não é um modelo com responsabilidade plena.



Então, isso não se aplicaria também no Brasil?


Talvez. Mas também na Argentina tivemos propostas de descer a idade penal para 14 anos, tornando o jovem de 16 com responsabilidade plena. Isso foi feito em 1976 pela ditadura militar. Funcionou mal e em 1980 mudou para o sistema tradicional, onde o jovem não cumpre a pena como criminoso comum.


Discute-se por aqui a pena de morte?


Isso é uma discussão dos políticos. E seria uma discussão muito mais demagógica ainda. Os políticos sabem que não podem impor a pena de morte. Não podem estabelecer a pena de morte, pois seria o caso de denunciar o Estado à Convenção Americana dos Direitos Humanos.


Mas os Estados Unidos praticam pena de morte.


Os Estados Uidos não ratificaram a Convenção Americana dos Direitos Humanos. É um país que fala de direitos humanos, mas não assina a convenção. O Brasil teria que sair da OEA (Organização dos Estados Americanos) para aplicar a pena de morte.



O senhor já falou sobre a possível criação de um FBI na Argentina, correto?


Exatamente. O que acontece é que temos uma Polícia Federal que cuida também da cidade de Buenos Aires. Se perguntarmos para um americano se acharia normal o FBI estar pegando ladrões em Washington, os americanos diriam que estamos doidos. A função da Polícia Federal deve ser diferente. E a polícia de Buenos Aires deveria ter uma ação mais normal como pegar ladrão.


No Brasil a Polícia Federal vem se aproximando do conceito técnico do FBI, mas faz muita propaganda de seus atos.


Não conheço bem a Polícia Federal do Brasil. Mas a polícia que defendo deve ser mais técnica.



Ela seria uma polícia para combater tráfico de drogas, por exemplo?


Não penso em tráfico de drogas. Estou pensando em coisas mais sérias. Destruição em massa, como aconteceu na Argentina, com a embaixada de Israel. Penso em tráfico de armas, de pessoas, exploração em massa da prostituição, crimes econômicos, corrupção mais complexa para a Polícia Civil investigar. É preciso polícia multiespecializada formada em Ciências Econômicas, com contatos internacionais. Crimes como o bancário e financeiro, que necessitam de polícia muito técnica. A América Latina precisa de uma polícia séria, capaz de coibir estes crimes, caso do crime organizado. Eu não sei bem o que é crime organizado, mas tenho certeza que é também corrupção. Não funciona uma criminalidade organizada sem corrupção oficial.



No Brasil se aplica muito o princípio da insignificância. Ocorre o mesmo na Argentina?


Se aplica muito. Inclusive a jurisprudência reconhece. O poder punitivo tem que ser exercido em questões mais ou menos sérias. Não posso dizer que temos um exemplo de privação de liberdade se o passageiro do ônibus foi levado numa parada a mais. O mesmo ocorre com o furto de coisas sem valor. Não teríamos orçamento suficiente para arcar com processos em que o sujeito pegou um saquinho de balas. Temos que criar um sistema de infrações menores para que tudo seja resolvido de forma rápida.



A Suprema Corte da Itália diz que fazer download de músicas e filmes sem permissão das gravadoras não é mais crime.


Isso é praticamente incontrolável. Todo mundo faz, né? O mesmo aconteceu com o xerox. Acho que a proibição penal tem um espaço imaginativo do legislador e se as condições técnicas mudam é preciso mudar a lei. Hoje tiramos fotocópias de livros nas universidades. Então o âmbito de proibição está abarcando algo que não foi imaginado pelo legislador. Temos que legislar novamente se mudaram as condições. Devemos passar a punição para o Direito Civil? Realmente não sei. Vamos punir pesquisadores por usarem xerox? Vamos punir todos estudantes por conta desses direitos autorais? Punir todo mundo é impossível.


O Brasil afrouxou sua legislação de drogas. O usuário não pode mais ser preso.


Nós achamos que o tóxico ilícito para próprio consumo, que não caracterize condições de gerar perigo de tráfico, não é um problema penal. Punir isso é até mesmo inconstitucional. O Estado tem direito de intervir quando praticamos ação que pode lesar uma terceira pessoa. Se o usuário quer continuar consumindo drogas, tudo bem: isso não é um problema do Estado, mas da saúde dele. Agora é diferente de legalizarmos os tóxicos. Não podemos fazer isso só num Estado. Estamos vinculados por tratados internacionais. Não sei se poderíamos discutir esse assunto no mundo atual. É uma discussão que precisa ser resolvida pelos economistas. É uma questão de macroenomonia. A proibição gera um preço de distribuição, que tem uma renda incrível. Grande parte disso fica nos países consumidores, caso dos Estados Unidos. Estamos falando de cocaína, que é produto de economia primária. E vai acontecer com ela o que ocorreu com outros produtos primários após a Segunda Guerra Mundial. Ela vai ser substituída por produtos sintéticos. Os adeptos da Escola de Chicago dizem que o uso poderia ser liberado sem qualquer problema. Entendem que esse dinheiro se destinaria para a poupança. Por outro lado, os neokeynesianos dizem o inverso: essa liberação traria grande depressão mundial. Parece que até agora estes últimos estão vencendo.



No Brasil, o Supremo é uma corte política. Os ministros são indicados pelo presidente. Na Argentina é semelhante?


Os ministros são escolhidos pelo presidente e tem também acordo do Senado Federal, com uma maioria de 2/3 dos integrantes.


Mesmo assim, indicados pelo presidente, eles votam contra o interesse do governo?


A nomeação é política, sim, mas votamos contra o presidente quando precisa.


Como combater a violência?


Existem duas formas: prevenção primária e secundária. Na primeira, é preciso política social, escolas, buscar as raízes da desigualdade, investir no ser humano. A prevenção secundária é a polícia e o sistema de segurança. Depois do festival dos anos 90, da globalização, temos uma sociedade ainda mais estratificada. Já não podemos fazer política de prevenção primária. Em segundo lugar, as polícias foram se deteriorando cada vez mais, corrompidas pelos políticos e governantes. Isso é bastante uniforme na América Latina. Os governantes pensaram que poderiam controlar a violência trocando governabilidade por corrupção. Isso aconteceu e funcionou durante muitos anos. Mas a globalização trouxe o tráfico de drogas, armas, pessoas. Quebraram também as cadeiras de mando das próprias polícias. Por isso são tão ineficazes na prevenção secundária. Portanto, não temos prevenção primária dos conflitos. E deterioramos a prevenção secundária, além de polarizarmos as riquezas da sociedade. A solução, então, é mudar a lei penal? Simples assim? Lógico que não. A direita demagógica monta a campanha contra as esquerdas sobre a base da insegurança. As esquerdas, sempre culpadas de ser desordeiras, reagem. É uma concorrência de quem mais faz besteiras.


Preso tem que ter vida boa na cadeia? Não tem que trabalhar, por exemplo?


Teria que trabalhar, sim. Acontece que nossas cadeias não dão oportunidade. Não é questão de dizer que a gaiola seja ruim. É mais do que isso. Nós não temos condenados. Nós não temos penas. Impomos algumas penas a partir do código de processo, que seriam penas apenas preventivas. Se pegarmos 100 presos na província de Buenos Aires, cerca de 75 deles não estão condenados. Só 25 deveriam estar ali, não tiveram o devido processo legal. Vamos dizer que 25 dos presos deveriam ficar um pouco mais na cadeia, outros 25 vão ser absolvidos e outros 50 vão ser condenados e no momento da condenação vão ser libertados para cumprir penas foras. Mas todos estão presos preventivamente. Falar em sistema penitenciário, falar em tratamento, trabalho, é algo para 25% nas cadeias da América Latina. Os outros não deveriam estar ali.


Existem denúncias de que a imprensa brasileira condena o suspeito antes do Judiciário. Na Argentina é assim também?


Isso acontece quando o preso é um sujeito mais marginal. Com o rico não acontece.



Mas como mudar essa realidade injusta?


Proibir a publicação dos nomes das pessoas envolvidas bem como as fotos até ocorrer o trânsito em julgado. Na maioria dos países não se discute isso, mas existem outros que apresentam uma autolimitação da imprensa. O jornalista coloca apenas as iniciais das pessoas envolvidas. Isso ocorre mais na Europa. Os suspeitos podem entrar, inclusive, na Justiça e ganhar indenizações por conta dos abusos.


A questão mais complexa é o crime grave ou leve?


Todos concordamos que o autor de crime grave deve ir para cadeia, ter privação de liberdade. Poderíamos ter outras soluções, mas neste momento da cultura é o que podemos fazer. Todos concordam também que um crime muito leve não deve ter cadeia. O problema é que tem o crime de gravidade média. É aqui cada Estado escolhe o que quer fazer com a pessoa. Pegamos o mapa de índice prisional. Os Estados Unidos têm 500 presos por 100 mil habitantes, nós temos 150 presos por 100 mil, o Canadá tem o mais baixo do mundo, algo como 50 por 100 mil. A Finlândia tem quase o mesmo índice do Canadá. Por isso que pensamos numa comissão internacional: alguns países têm número x de vagas para colocar preso. Superado esse número, ultrapassado esse tamanho, vamos liberar aqueles que faltam um mês para sair da prisão, os que cumpriram boa parte da pena, os menos perigosos. Isso é mais racional do que empilhar presos. Por exemplo: não sei quantos mandados de prisão existem em São Paulo para serem cumpridos, mas são muitos. Pode colocar todo orçamento do Estado para prender essa gente e não vão conseguir. É loucura. Precisamos ter escola e destinar tanto dinheiro para isso parece absurdo. Os EUA têm muito preso. É claro, eles não têm limite de orçamento. Fabricam dólares, transferem dinheiro da assistência social para o sistema penal, como fizeram a partir dos anos 80. E o fato é que esse sistema de segurança pública é uma fonte de emprego. Ele gera cerca de 2 milhões de empregos nos EUA, seria uma variável para evitar o desemprego de qualquer país.

Qual é músicaaaa??? - "Have you ever seen the rain?" (Creedence Clearwater Revival)

"It's been coming for some time"







A música de hoje é um clássico. "Have you ever seen the rain", do Creedence. Por isso, e após esse longo hiato do blog (que falarei a respeito em postagem posterior), deixo de tecer maiores comentários sobre a música.


Apenas ouçam a melodia, cante-a e entenda-a.









Someone told me long ago
Alguém me falou há muito tempo

there's a calm before the storm
que há uma calmaria antes da tempestade.

I know... It's been comin' for some time.
Eu sei... vem vindo há algum tempo.


When it's over, so they say,
Quanto terminar, eles dizem,

it will rain a sunny day,
choverá num dia ensolarado.

I know... Shinin' down like water.
Eu sei... brilhando como água.


Refrão:


I wanna know, have you ever seen the rain?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?

I wanna know, have you ever seen the rain?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva

Comin' down on a sunny day?
Caindo em um dia ensolarado?


Yesterday, and days before,
Ontem e nos dias anteriores,

sun is cold and rain is hot,
o sol estava frio e a chuva estava quente.

I know... Been that way for all my time.
Eu sei... tem sido assim por toda a minha vida.


And forever, on it goes
E, para sempre, assim será

through the circle, fast and slow,
através do ciclo, rápido e devagar.

I know... It can't stop, I wonder.
Eu sei... isso não vai parar, eu imagino.


I wanna know, have you ever seen the rain?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?

I wanna know, have you ever seen the rain
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva

Comin' down on a glorious day?
Caindo em um dia glorioso?

Yeah!

I wanna know, have you ever seen the rain?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?

I wanna know, have you ever seen the rain
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva

Comin' down on a glorious day?
Caindo em um dia ensolarado?




terça-feira, 8 de abril de 2008

Charges etc - Golpe Certeiro






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A voz da experiência

Tá com essa crista de galo por que?






O GALO VELHO E O GALO NOVO


O fazendeiro resolve trocar o seu velho galo por outro que desse cont.a das inúmeras galinhas.

Ao chegar o novo galo, e percebendo que perderia as funções, o velho galo foi conversar com o seu substituto:

- Olha, sei que já estou velho e é por isso que meu dono o trouxe aqui, mas será que você poderia deixar pelo menos duas galinhas para mim?

- Que é isso, velhote? Vou ficar com todas.

- Mas só duas...


Ainda insistiu o galo.

- Não. Já disse! São todas minhas!

- Então, vamos fazer o seguinte, propõe o velho galo, apostamos uma corrida em volta do galinheiro. Se eu ganhar, fico com pelo menos duas galinhas. Se eu perder, são todas suas.


O galo jovem mede o velho de cima em baixo e pensa que, certamente ele não será capaz, de vencê-lo.

- Tudo bem, velhote, eu aceito.

- Já que realmente minhas chances são poucas, deixe-me ficar vinte, passos à frente, pediu o galo.


O mais jovem pensou por uns instantes e aceitou as condições do galo velho..


Iniciada a corrida, o galo jovem dispara para alcançar o outro galo. O galo velho faz um esforço danado para manter a vantagem, mas rapidamente está sendo alcançado pelo mais novo.


O fazendeiro pega a sua espingarda e atira sem piedade no galo mais jovem. Guardando a arma, comenta com a mulher:

- Num tô intendendo, uai! Já é o quinto galo gay bicha que a gente compra esta semana! O filho da mãe largou as galinhas e estava correndo atrás do galo velho, 'vê se pode??



Moral da história : NADA SUBSTITUI A EXPERIÊNCIA!!!

sábado, 5 de abril de 2008

Gastronomia em alta

Cade o Reinaldo?



"Existe a Mulher Melancia, a Mulher Jaca e a Mulher Moranguinho. Eu sou a Mulher Rodízido: tenho carne para todo mundo" - disse Preta Gil, que, conforme o site Virgula, estava se referindo a essa mania de "Mulheres Frutas".





Obs 1 - que o diga o Reinaldo Gianechini

Obs 2 - que raio passou na cabeça dela pra achar que carne é fruta???

Obs 3 - Acabo de descobrir que sou vegetariano. Desde moleque.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Prenúncio do Fim...

"Zidane no inimigo..."




O inacreditável aconteceu. E o vídeo abaixo está aí pra provar isso.

O fim do mundo está próximo. E próximo do seu quadrado.





Fonte: KibeLoco

Trégua?

Notícias Sérias do 1º de abril


Após hostilidades mútuas entre Brasil e Espanha, parece que haverá trégua entre as relações diplomáticas envolvendo turistas das duas nações.

A Espanha, inicialmente, teria rejeitado turistas brasileiros sob a desculpa de que estariam indo lá para fomentar o mercado da prostituição. Contudo, isso soube-se de forma sorrateira, já que, oficialmente, apertaram-se as portas para turistas brasileiros em face de problemas pequenos, previstos de forma objetiva, como ausência de dinheiro suficiente, local de estadia etc.

Da mesma forma, utilizando-se da reciprocidade internacional, o Brasil passou a exigir, dos turistas espanhóis, as mesmas exigências dos brasileiros. Muitos espanhóis foram, com acerto, barrados.

Ontem, 1º de abril (parece mentira, mas não é), em Madri, o Ministério da Relações Exteriores do Brasil, por seu Subsecretário de Comunicações Brasileiras, Agripino Maia, e o Ministério espanhol de relações exteriores, na figura de sua Subsecretária María Jesús Figa, assinaram protocolo com o fim de solucionar a crise.

Entre os diversos pontos do protocolo, constam (a) possibilidade de contato com consulados locais para os turistas barrados; (b) acesso a banheiro e às malas; (c) instalação de caixas bancários locais, a fim de possibilitar ao turista o saque de dinheiro, caso se exija quantia mínima de dinheiro para a estadia; (d) reforço da cooperação das polícias dois dois países.

Ao contrário de muitas opiniões que eu li, contrárias à atitude brasileira, entendo ter sido a mais adeqüada. Poderá haver retribuições futuras? Com certeza. Mas, frise-se isso, uma nação independente não pensa, apenas, nas retribuições monetárias no mercado internacional - vislumbra, antes de tudo, a proteção de seu nacional, em qualquer ponto do mundo (seja o nacional criminoso, ou não).


Para saber mais sobre o assunto, veja: Polícia Federal barra espanhois em aeroportos

Ou, ainda:

Consultor Jurídico
O Globo
BBC Brasil

terça-feira, 1 de abril de 2008

Pais e filhos...

"Dê uma abraço no seu pai, vamos..."





A primeira vista, uma discussão comum.

Porém, pelos traços marcantes, narrativa envolvente, diálogos bem comuns e uma situação pouco verossímel, o desenho abaixo merece toda a nossa atenção.

Lançado com sucesso no Festival de Gramado, em 1999, é um divertido bate-papo entre um pai e filho celestiais e a sua psicóloga / psiquiatra / curandeira / conselheira terrestre. Com direito a palavrões e tudo o mais.






O vídeo é desaconselhado aos que não suportam expressões fortes, crítica ácida e aos muito, muito religiosos. Aos religiosos, um pouco, é até uma boa comédia.

Fonte: ToscoGraphics

Quando o dízimo é alto, até santo se assusta.

Banheiro. A necessidade mais mundana.




O tema, deste post, está invariavelmente ligado a essa parte da residência, tão freqüentada por alguns, tão enaltecida por outros, que, em realidade, está para uma casa como o purgatório para o inferno. Ou algo assim.

Já vi residências em que várias pessoas desfrutavam de um mesmo banheiro. Isso, na minha casa, não dá certo. Aprendemos que, em uma residência com muitas pessoas, é importantíssimo que cada um tenha um lugar seu, para "meditar" e "refletir". Ou apenas para se aliviar. Tudo com muita discrição.

Acredito, também, que quanto maiores as responsabilidades, mais tempo deve ser gasto com a auto-reflexão. Pessoas importantes, creio eu, devem gastar horas no trono de mármore, refletindo sobre todo tipo de coisas e dificuldades diárias. Por vezes, este pode ser o melhor remédio.

O que pensaram os vários lideres mundiais, momentos antes de anunciarem medidas drásticas? Penso que, naquele pequeno espaço de tempo, refletindo sentado, tal como a estátua do "Pensador", muita coisa foi decidida. E coisas bem similares àquelas que desciam pela privada abaixo.

Da mesma forma, todas as musas vão ao banheiro. Sim, isso é algo incrivelmente complexo e único. Imaginar Gisele Butchen, Rebecca Romjin-Stamos, Anna Kournikova ou tantas outras, apertadas em agonia, refletindo desesperadamente sobre a vida ou sobre a falibilidade do homem. Sim, é algo inenarrável.

Essa breve síntese é pra mostrar que, em realidade, banheiros são muito importantes. Inclusive para os homens de fé. Da fé. Que dão fé, a preços módicos.


Por isso, a nova mansão do megaholístico Edir Macedo, bispo patiarca da Igreja Universal do Reino de Deus, ao custo de 6 milhões de reais, a sua residência, em Campos do Jordão, é sensacional, que possui 35 cômodos.

Esta pequena grandiosa mansão seria o retiro especial utópico para todos os líderes religiosos, especialmente por possuir 18 suítes.

Creio que, com tantos banheiros, o Bispo vai poder refletir bastante sobre o desprendimento de bens, em favor da Igreja, dízimos e humildade necessária para a filosofia espiritual que segue. Como tantos outros líderes religiosos e seus astronômicos valores patrimoniais - todos, evidentemente, sem nenhuma ligação com doações, dízimos ou outros valores dados para as realizações sociais.

Tudo pela fé.






Vi no: Paulopes Weblog
Matéria veiculada na Revista Veja