terça-feira, 1 de abril de 2008

Quando o dízimo é alto, até santo se assusta.

Banheiro. A necessidade mais mundana.




O tema, deste post, está invariavelmente ligado a essa parte da residência, tão freqüentada por alguns, tão enaltecida por outros, que, em realidade, está para uma casa como o purgatório para o inferno. Ou algo assim.

Já vi residências em que várias pessoas desfrutavam de um mesmo banheiro. Isso, na minha casa, não dá certo. Aprendemos que, em uma residência com muitas pessoas, é importantíssimo que cada um tenha um lugar seu, para "meditar" e "refletir". Ou apenas para se aliviar. Tudo com muita discrição.

Acredito, também, que quanto maiores as responsabilidades, mais tempo deve ser gasto com a auto-reflexão. Pessoas importantes, creio eu, devem gastar horas no trono de mármore, refletindo sobre todo tipo de coisas e dificuldades diárias. Por vezes, este pode ser o melhor remédio.

O que pensaram os vários lideres mundiais, momentos antes de anunciarem medidas drásticas? Penso que, naquele pequeno espaço de tempo, refletindo sentado, tal como a estátua do "Pensador", muita coisa foi decidida. E coisas bem similares àquelas que desciam pela privada abaixo.

Da mesma forma, todas as musas vão ao banheiro. Sim, isso é algo incrivelmente complexo e único. Imaginar Gisele Butchen, Rebecca Romjin-Stamos, Anna Kournikova ou tantas outras, apertadas em agonia, refletindo desesperadamente sobre a vida ou sobre a falibilidade do homem. Sim, é algo inenarrável.

Essa breve síntese é pra mostrar que, em realidade, banheiros são muito importantes. Inclusive para os homens de fé. Da fé. Que dão fé, a preços módicos.


Por isso, a nova mansão do megaholístico Edir Macedo, bispo patiarca da Igreja Universal do Reino de Deus, ao custo de 6 milhões de reais, a sua residência, em Campos do Jordão, é sensacional, que possui 35 cômodos.

Esta pequena grandiosa mansão seria o retiro especial utópico para todos os líderes religiosos, especialmente por possuir 18 suítes.

Creio que, com tantos banheiros, o Bispo vai poder refletir bastante sobre o desprendimento de bens, em favor da Igreja, dízimos e humildade necessária para a filosofia espiritual que segue. Como tantos outros líderes religiosos e seus astronômicos valores patrimoniais - todos, evidentemente, sem nenhuma ligação com doações, dízimos ou outros valores dados para as realizações sociais.

Tudo pela fé.






Vi no: Paulopes Weblog
Matéria veiculada na Revista Veja

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