quarta-feira, 5 de março de 2008

Crítica pelo crítico - Arnaldo Jabor

Arnaldo Jabor


Missão civilizatória


Vivemos em um país onde além dos males sociais e políticos do estado e da sociedade, além da injustiça, da miséria, da fome há um outro tipo de atraso, mais abstrato.

É o atraso mental, a desinformação, a incultura. São gerados pela miséria e pela lentidão do crescimento. Por trás da corrupção e da violência há fortes componentes de ignorância, do egoísmo típico da barbárie. A miséria gera atraso mental e este atraso cria superstições e até formas de explorar o desespero humano.

Por isso, diante dos outros poderes, o STF tem uma diferença: seus membros são pessoas quase que "obrigadas" a uma sólida cultura humanista e filosófica. No caso das células-tronco é tudo é tão evidentemente a favor do bem, tão claramente explicado pela ciência, que não aceitar isso seria o mesmo que acreditar que não houve evolução das espécies e que o mundo nasceu pronto há seis mil anos com Adão e Eva namorando sob as ordens da serpente, como querem os criacionistas.

Além de decidir o que é ou não constitucional, em um país como o nosso, tão invadido pela ignorância, o STF deve ter também uma missão civilizatória.

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